19 de jan. de 2011

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A mulher muçulmana não pode casar-se com um homem não-muçulmano, mas por que??

Assalamo aleikum a todos,

Eis um tema que gera muito burburinho e polêmica mas que com base nas razões pelas quais essa proibição foi a nós mulheres muçulmanas instituída, fica muito claro a sabedoria desta ação porque obviamente Allah Sapientíssimo sabe mais do que todos nós o que é bom ou ruim a nós mesmas. Nós é que não temos sabedoria suficiente para entender.
Confesso que esse tópico foi um dos pontos de dificuldade para o meu entendimento pois tinha a visão ocidental de que "no Islam o homem pode tudo, a mulher não pode nada" mas não há nada que o conhecimento adquirido não possa elucidar.
O texto abaixo, cujo título é "A proibição de uma mulher muçulmana casar-se com um homem não-muçulmano" é muito interessante e espero que ajude a todos a compreenderem melhor e principalmente, para explicar a quem não entende. Dias atrás eu mesma fui perguntada justamente sobre esse assunto em meu trabalho por minhas colegas. Fiquei muito feliz em poder respondê-las e fazer com que elas tirassem mais uma nuvem de preconceito que pairava sobre nossa linda religião alhamdulillah !

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Por Dr. Yussef Al Karadhawi

É ilícito para uma mulher muçulmana casar-se com um homem não-muçulmano, independente dele ser ou não do Povo do Livro. Nós já citamos o versículo de Deus, o Altíssimo:

     " Não desposareis as idólatras até que elas se tenham convertido." (Alcorão Sagrado 2:221)

E Ele disse a respeito das mulheres muçulmanas imigrantes:

      " Porém, se as julgardes crentes, não as restituais aos incrédulos, porquanto elas não lhes cabem por direito, nem eles a elas." (Alcorão Sagrado 60:10)

Não existe nenhum texto que conceda exceção ao Povo do Livro, portanto, com base nos versículos acima, há um consenso entre muçulmanos quanto a esta proibição.
Assim, enquanto que se permite que um homem muçulmano case com uma mulher cristã ou judia, não se permite que uma mulher muçulmana se case com um homem cristão ou judeu. Há muitas razões firmes para esta diferença. Primeiro, o homem é o cabeça do casal, aquele que mantém a família, e é responsável por sua esposa. E enquanto que o Islam garante a liberdade de crença e prática à esposa cristã ou judia de um muçulmano, salvaguardando os direitos dela para com a sua fé, outras religiões, tais como o judaísmo e o cristianismo, não garantem à esposa de uma fé diferente a liberdade de crença e prática, nem lhe resguardam seus direitos. Sendo este o caso, como pode o Islam arriscar o futuro das suas filhas, empregando-as nas mãos de gente que nem respeita a religião dela nem se preocupam em proteger os direitos dela?

O casamento entre um homem e uma mulher de crença diferente pode se basear somente no respeito pelo marido à crença da sua esposa; em caso contrário, não se poderá desenvolver um bom relacionamento. Já o muçulmano acredita que tanto o judaísmo como cristianismo originaram-se da revelação divina, apesar de lhes serem introduzidas distorções posteriores. Ele também acredita que Deus revelou a Torá a Moisés e o Evangelho a Jesus e que tanto Moisés com Jesus foram dentre os mensageiros de Deus que se distinguiram por sua imperturbável determinação.(*) Dessa forma, a esposa cristã ou judia de um muçulmano vive sob a proteção de um homem que respeita os princípios básicos de sua fé, sua escritura, e seus profetas, enquanto que, inversamente a isto, o judeu e o cristão não reconhecem nem a origem divina do Islam, do seu Livro, ou o seu Profeta. Como poderia então uma mulher muçulmana conviver com um tal homem, quando a religião dela lhe exige a obediência de certas proibições? Seria impossível para uma mulher muçulmana conservar o respeito pelas suas crenças bem como praticar a sua religião corretamente se ela fosse contrariada nesse sentido pelo senhor da casa a cada passo.

Compreender-se daí que o Islam é coerente com ele mesmo ao proibir ao homem muçulmano de casar com uma mulher idólatra, pois sendo o Islam absolutamente contra o politeísmo, seria evidentemente impossível a duas tais pessoas conviverem juntas com harmonia e amor.


(*)Torá é a escritura original revelada ao Profeta Moisés por Deus, o Evangelho ao Profeta Jesus. Não se deve confundir estas com a Torá ou Velho Testamento ou os Quatro Evangelhos do Novo Testamento hoje existente.

Fonte: islam.com.br

5 comentários:

Marie Laura disse...

Salaamu alaykum!
Muito bom essa postagem. Claro que argumentos sobrariam para explicar sobre o casamento, Algumas podem pensar "mas e se eu gostar de um não muçulmano?" Então podem começar a dizer "SUBHANALLAH" porque será mais um muçulmano convertido. Oras, DEUS (louvado seja) não nos fez para brincar conosco. Devemos antes ter a certeza que nosso lar será construído para a glória DELE, e se é ELE quem cuida dos nossos corações não há com que se preocupar, nossos esposos serão sempre muçulmanos, sejam de família ou convertidos.

Unknown disse...

Esse assunto, assim como o da poligamia, causa MUITA polêmica... especialmente entre as feministas.

Muslimah Brasileira disse...

Walaykum salam irmã !
Com certeza, concordo plenamente com você ! Se realmente somos fiéis, colocamos nossas vidas nas mãos do Senhor e não temos com o que nos preocupar pois é Ele quem provê tudo em nossas vidas ;).

Muslimah Brasileira disse...

Olá Wally,
Pois é, depois de muitos anos de estudo sobre o Islam, descobri que o que faz polêmica é sobre o que não temos conhecimento. Quando eu me deparei a alguns anos atrás com esse mesmo assunto do post, também fiquei falando "Olha só, pra ver como as mulheres são tratadas mal e etc". Mas na minha ignorância, eu nunca havia estudado a fundo a questão. Quando vi a explicação, ficou muito claro a intenção de Deus de salvaguardar os direitos da mulher. Por exemplo, como faria eu, sendo muçulmana se casasse com um judeu no mês de Ramadam. E se ele quisesse manter relações nos horários proibidos e pior ainda, e se ele quisesse praticar "coisas" que o Islam proibe sexualmente falando? E se ele me proibisse de usar o véu? E se ele quisesse que eu servisse alcool ou cozinhasse carne de porco a ele, sendo que é totalmente proibido no Islam? Pois ele sendo judeu, não crê nas ordens que recebemos de Deus e que devemos cumprir como muçulmanos, claro. São várias questões que poderiam surgir. Por outro lado, o homem que casa com uma judia ou cristã, é obrigado pela religião a respeitar a crença de sua esposa. Eu por exemplo ía a missa na hora que queria, tinha Bíblia aberta na sala, rezava em casa, até cruz tinha na parede rsrs e sempre fui totalmente respeitada na minha crença. Mas com certeza não teria toda essa liberdade se casasse com alguém que não acredita na religião que professo.

Ana Lucia disse...

Sou uma iniciante no conhecimento do Islam ainda. Não sou revertida nem nada, a explicação é coerente, admito. Segue uma linha lógica. Visa mesmo preservar a mulher. Acho bacana usar o véu, levar uma vida moderada, ser mais preservada. Penso nisso, não decidi ainda.

Mas um homem, por mais que ele seja o cabeça da família, não pode obrigar a mulher a fazer aquilo que ela considera desconfortável ou que vá contra os princípios dela. Quando um não quer, dois não brigam.

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